Children of Men

Com uma estreia mais antecipada do que o esperado, arrisco dizer que Children of Men, o novo filme de Alfonso Cuáron, é um dos melhores filmes do ano. Demasiado bom para ficarmos indiferentes, mais pela espectacular realização do que pelas personagens de Clive Owen e Julianne Moore.
Mas o que deslumbra neste filme é a sua técnica. O realizador apresenta-nos duas das mais espectaculares sequências alguma vez filmadas sendo impossível ao espectador ficar indiferente.

A história e o argumento talvez apresentem algumas falhas de credibilidade, mas no seu todo a abordagem de temas é vasta: terrorismo, racismo, imigração, fanatismo religioso, etc. Situando-nos no ano 2027, quando o mundo é um caos e se encontra à beira da extinção, uma vez que por qualquer razão, a infertilidade reina. O filme não é claro nestes pequenos detalhes, tal como não o é em relação ao que se passou fora de Inglaterra, mas não damos pela falta dessa informação.
É quase cómico comparar Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban a este Children of Men, por parte de um realizador que cada vez mais se distingue como versátil nos diferentes géneros. Sem dúvida, um filme a não perder.