Marie Antoinette

Marie Antoinette é sem dúvida um filme difícil de avaliar. Não só se consegue tornar apaixonante nalguns momentos como noutros, completamente morto e enfadonho. A questão principal é tentar perceber o que quis Sofia Copolla contar ao abordar desta forma tão viva e tão 80’s style a vida da rainha francesa Marie Antoinette, mulher de Luís XVI. Bem como até que ponto a fidelidade da sua caracterização (com a ajuda da obra de Antonia Fraser) é credível.
Se por um lado durante metade do filme se vê a abordagem da realizadora sobre uma jovem que se tenta adaptar a uma nova etapa da sua vida, durante a outra metade existe apenas um relato dos factos, pouco tempo antes da revolução. Se Kirsten Dunst representa bem uma Marie Antoinette, Sofia não a sabe construir, apesar da habilidade de realização existente em muitos momentos do filme seja excepcional.
Excepcional é também o facto de grande parte ter sido filmado no Palácio de Versailles, com os seus magníficos jardins que enchem o ecrã e são um luxo.
A banda sonora do filme é talvez o que consegue agradar a todos os espectadores. Pode não estar enquadrada com a época mas encaixa bem nos momentos escolhidos.
No seu todo é um filme agradável, com altos e baixos mas que consegue entreter o suficiente.