Silent Hill

10 Meses após a sua estreia norte-americana, Silent Hill chegou à única sala portuguesa do Rivoli na cidade do Porto aquando do Fantasporto. Uma oportunidade única para ver o filme em grande ecrã que o mais provável é que se perda no meio da confusão que é a distribuição cinematográfica portuguesa.
Não estou muito certo até que ponto a adaptação está de acordo com a história do jogo, mas a versão da grande tela apresenta certas características que parecem querer fugir à coerência (dentro dos parâmetros do género claro). Silent Hill apresenta-se como um filme de terror, que consegue satisfazer essa palavra que o identifica. O ambiente e estética criados são extremamente envolventes e algumas sequências conseguem arrepiar a espinha do espectador. No entanto a segunda parte do filme parece cair numa espécie de monotonia, cujo tema da religião surge como que desenquadrando toda a atmosfera criada inicialmente. A experiência parece mudar de registo a partir desse ponto. O demónio Pyramid Head podia de facto ter sido melhor aproveitado. É daqueles tipos de personagens que conseguem assustar, mas a sequência realizada no filme não satisfaz bem essa característica.
A banda sonora utilizada foi directamente retirada do jogo, mas infelizmente, também a partir de certo ponto, deixa de estar de acordo com o ambiente do filme, criando até um tom cómico.
Enfim, Silent Hill é um filme que cumpre a maior parte das exigências do género mas que no final nos deixa um certo clima de insatisfação.