sexta-feira, abril 06, 2007

300


Zach Snyder já provara ser capaz de tomar as rédeas de um remake (Daun of the Dead) mas foi preciso ocupar a cadeira de realizador neste 300 para provar que nos consegue trazer alguma originalidade. Desde o início o buzz à volta desta nova adaptação ao cinema de um dos praphic novels de Frank Miller foi muita. À semelhança de Sin City, em 300 podemos desfrutar do tratamento visual do mais extremo cuidado, mas aqui muito mais bem sucedido. Digitalmente, a fotografia do filme oferece ao espectador um prazer visual extremo, embora não deixe de parecer demasiado estilizado em diversas sequências.
Satisfeito o valor visual, que já era garantido e de que já não haviam dúvidas, restava saber se 300 estava à altura de apresentar um plot que equiparasse a imagem. E a verdade é que consegue. A história centra-se num grupo de 300 espartanos liderados por Leonidas, no ano 480 a.C., que defendem Esparta aquando da invasão do império Persa de Xerxes. Pormenores históricos à parte, penso que antes de se avaliar o tom nacionalista do filme se devia olhar para os próprios valores que os Espartanos defendiam na altura; penso que é a partir desses que o filme vive.
Aponto apenas para dois pequenos aspectos que julgo não funcionarem a favor do filme: começamos com um ritmo de montagem e sucessão de acontecimentos que se vai perdendo ao longo da duração e provocando uma certa monotonia; a música utilizada em algumas sequências mais emocionais não parece ser a mais adequada.
Gerard Butler (Leonidas) prova ser um actor capaz de arcar a liderança de um filme, com um Rodrigo Santoro (Xerxes) à altura; Aponto ainda para as excelentes cenas de batalha que são talvez o ponto mais original do filme e que demonstram de Snyder um realizador que sabe o que faz.

1 Comments:

At abril 06, 2007, Blogger Daniel P Sousa said...

"As you can see, old friend, I brought more soldiers than you."

Best. Line. Ever.

 

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