quarta-feira, julho 18, 2007

Harry Potter and the Order of the Phoenix

Logo no genérico inicial, com o aparecimento do título, não restam dúvidas de que estamos perante o mais negro capítulo de Harry Potter no cinema. A saga do feiticeiro apresentou-se bem negra logo desde o início e Harry Potter é uma personagem que nasceu para sofrer. A autora J.K Rowlling anunciou desde o início que não lhe pouparia a dor e por mais que se venere ou se despreze esta série literária/cinematográfica, deve-se admitir que Harry Potter é um herói invulgar que nunca termina com um happy ending.
A premissa de Harry Potter and the Order of the Phoenix pode não ser a mais original que a autora apresentou aos seus fãs. Na minha opinião aliás, este capítulo a juntar a Half-Blood Prince e Chamber of Secrets são os que contêm menos sumo, sem deixarem de transmitir no entanto uma componente bastante negra. As adaptações cinematográficas têm vindo a revelar-se incompletas sem deixarem de ser fiéis aos livros. Prizoner of Azkaban é um dos melhores filmes (ou não fosse Alfonso Cuáron o realizador) mas é também aquele que tem mais buracos no seu argumento.

No entanto este último filme consegue ser o que está melhor realizado até à data, e a evolução na representação dos seus actores também contribui para esse feito como é evidente (destaque para Emma Watson mais uma vez). Pelo menos pela primeira vez consegue-se extrair uma essência nas cenas mais dramáticas que não provoca tanto incómodo como nos filmes anteriores e isso tem sido um feito difícil que só Cuáron também ultrapassou. Parece haver um certo transtorno também por parte de algumas pessoas por actores tão prestigiados como Ralph Fiennes, Alan Rickman, Emma Thompson e Helena Bonham Cárter terem tão pouco tempo de antena mas não deixam de ser os actores perfeitos para os respectivos papéis, o problema é que não há tempo para os desenvolver a todos, e já no próprio livro isso se verifica. Afinal de contas as personagens mais importantes de desenvolver são os três principais e a dualidade de Harry (Daniel Radcliff) não está tão explorada como no livro mas não deixa de estar bem concebida. Imelda Staunton é a perfeita Dolores Umbridge com o seu pigarrear característico e caracterização fabulosa. Os efeitos especiais continuam a não favorecer muito, principalmente nos voos de vassoura; mas para compensar o duelo final de Dumbledore (Michael Gambon) e Voldemort (Ralph Fiennes) é excepcional.

O argumento mudou de autor e esta consegue ser a adaptação mais fiel até agora, os buracos no argumento não são tantos, apesar dumas quantas pontas soltas. O desconhecido David Yates conseguiu uma proeza que lhe garantiu a cadeira de realizador de novo para Harry Potter and the Half Blood Prince (só Chris Columbus realizara 2 filmes). O ambiente que criou e o modo como desenvolveu as personagens deu-nos um Harry Potter mais adulto e a carga infantil parece finalmente ter desaparecido, o que é difícil para uma saga que se centra na magia e feitiçaria.

1 Comments:

At julho 19, 2007, Anonymous Anónimo said...

Tive para ir ver na segunda, mas enquanto estava na fila para comprar bilhete, esgotou! Ver se consigo ir vê-lo nestes próximos dias.

Abraço

 

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