sábado, maio 24, 2008

O regresso da aventura


A saga de Indiana Jones nasceu e cresceu nos anos 80 e sobreviveu até aos dias de hoje como uma das mais bens conseguidas de sempre. Os fãs pediram o regresso do herói e toda a equipa principal da trilogia voltou para nos trazer uma quarta aventura.
Feitas as contas e avaliando o panorama de recepção do filme, podemos considerar este Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal um bom regresso, embora um pouco fora dos eixos nos quais se sustiveram os três filmes anteriores. Mas para adaptar o mítico Henry Jones Júnior à era cinematográfica do digital, a fasquia tinha de subir um pouco, mesmo depois de realizador e produtor terem afirmado que o filme seria filmado como os anteriores, com vários duplos e usando o CGI apenas quando necessário.
Devo admitir que soube a pouco, embora seja muito agradável revisitarmos o género aventureiro de Indiana Jones. O problema nem está na história, mas sim no seu mau aproveitamento, num argumento fraco e em personagens bastante mais superficiais (principalmente na de Cate Blanchett). O misticismo típico do género é levado a um extremo quase total neste filme, que é absolutamente previsível logo desde o início não deixando lugar para a surpresa.


Avançamos para a década de 50, os nazis são substituídos pelos soviéticos e mais uma vez na busca de um artefacto misterioso, conhecido como a Caveira de Cristal, que em última análise levará a um poder que controlará o mundo. Harrison Ford encarna de novo a personagem que ajudará a evitar que Irina Spalko (Cate Blanchett) obtenha esse poder, contando para isso com a ajuda do seu filho Mutt Williams (Shia LeBeouf) e de Marion Ravenwood (Karen Allen) que já não aparecia desde Os Salteadores da Arca Perdida.
O filme tem bons momentos de humor e um ritmo bem repartido, com efeitos CGI bastante bons (principalmente na cena final) ou não fosse este um filme de Spielberg, e consegue-nos recordar o universo de Indy; no entanto algumas sequências são elevadas ao ridículo não contribuindo para um equilíbrio. Existe uma estranha sensação de que não se fez o esforço necessário para que todos os factores jogassem a favor da história, e tendo em conta que o argumento e a história foi reescrita várias vezes.
Apesar de tudo vale a pena dar um salto ao cinema e participar neste regresso pois não deixa de ser uma experiência de entretenimento como qualquer outro blockbuster de Verão com boas sequências de acção e aventura.

1 Comments:

At maio 28, 2008, Blogger João said...

Tou com curiosidade de ver este filme quando tiver tempo, caso isso aconteça enquanto ele tiver nas salas. A tua crónica foi bastnte esclarecedora;)abraço e continua!

 

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