terça-feira, julho 01, 2008

Speed Racer


Logo desde o genérico se percebe que não estamos perante um filme do costume, e sim perante uma das adaptações mais ousadas dos últimos tempos. Speed Racer abre a toda a velocidade e conta com uma admirável introdução, quer no campo narrativo, quer no visual à qual é exigida a máxima atenção.

Speed é um rapaz que dedica a sua vida às corridas de automóveis, vivendo com o trauma da perda do irmão mais velho Rex, o seu condutor favorito. Speed revela-se igualmente um condutor nato, cujo pai Pops, se dedica desde sempre ao fabrico e aperfeiçoamento do Mach 5. Após uma brilhante corrida de Speed, o dono da Royalton Industries faz uma oferta a Speed para se tornar um dos seus condutores de eleição. Speed rejeita a oferta em nome da família e daquilo em que acredita e descobre que por detrás da empresa existe um grande negócio na construção dos automóveis e manipulação das corridas. O restante (e talvez excessivo) tempo de duração do filme relata a tentativa de Speed, juntamente com o misterioso Racer X, de desmanchar essa rede de corruptos.

Os irmãos Wachowski provam mais uma vez a sua brilhante veia da realização, pois o filme está bastante consistente e os planos e a rapidez das corridas deixa os mais vulneráveis com uma valente dor de cabeça, mas bastante fiel à série e ao ritmo que lhe era próprio. Penso que o principal problema foi a mistura de públicos. O filme não parece ter um público-alvo definido, sendo para adultos e para crianças. Ao contrário de um filme de animação em que a fórmula está praticamente definida, em Speed Racer apenas os minutos iniciais são capazes de confundir os mais desatentos e principalmente para as crianças não será tarefa fácil.

Speed Racer foi até agora o grande flop deste Verão nos EUA, mas apesar disso e das críticas negativas é um filme que vale a pena espreitar nas salas, nem que seja só pela inovação e o visual extraordinário.