domingo, agosto 30, 2009

A Bastardice de Tarantino


Quentin Tarantino já marcou o seu estilo de cinema com a criação de um subgénero que não tem outro nome a não ser, mesmo, um "filme Tarantino", tal como podemos dizer de um filme dos irmãos Coen. Inglorious Basterds é tudo menos inglosrioso e estreou esta semana para demarcar de vez a posição que Quentin Tarantino toma no cinema contemporâneo. O realizador conseguiu o seu melhor sucesso até agora nos EUA e sobe de novo o pódio depois de uma pequena desilusão em Death Proof.
Vamos ver a Segunda Guerra aos olhos do realizador: abre-se o plano e as homenagens aos Westerns Spaghetti de Sergio Leone e Ennio Morricone são desde logo visíveis (este último chegou a estar ligado ao projecto como compositor mas teve de abandonar por envolvimento noutro filme). A partir daqui, o humor negro, as personagens extremas, o sangue e um argumento delineado de uma forma e com diálogos que só Tarantino sabe fazer somam e seguem por cerca de duas horas de filme que oferecem principalmente um tipo de entretenimento que é uma lofada de ar fresco em comparação com o cinema mainstream americano.
Tarantino cria as personagens mas não as perdoa. Brad Pitt está bastante bem, mas a sua representação não espanta e é completamente apagada perante a de Christolph Waltz, o oficial nazi que é impossível não adorar neste filme: de tirar o chapéu a Tarantino (mais uma vez).
Apesar da sua duração, quando acaba queremos mais. Assim, pode ser que em DVD ou Blu-Ray o filme receba o tratamento Director's Cut com uma versão mais longa.

2 Comments:

At agosto 30, 2009, Blogger Paulo Peralta said...

Faz favor ali no Ennio pôr mais um N :P

 
At agosto 31, 2009, Blogger Carl said...

Ups :P
right away!

 

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