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Almodóvar volta e desta vez com Penélope Cruz. O filme inicia-se com um plano em que várias mulheres limpam campas num cemitério, que é impossível não memorizar. A história ronda o sobrenatural, a morte, mas sobretudo o poder feminino.
O humor está presente do início ao fim, desde os constantes beijos ruidosos às situações hilariantes de duas irmãs que recordam episódios familiares passados. Mas este filme pertence às mulheres de diferentes idades, diferentes postos familiares e como sobrevivem, como se esforçam, como acreditam.
O que surpreende no cineasta é que ele sabe contar bem uma história, sem pontas soltas e de uma maneira que capta, ou melhor, embala cada espectador, fazê-lo ser levado pela história e que faz roer de inveja a produção portuguesa.
O pior do filme é mesmo o som que não parece ter recebido grande atenção nesta produção; esse sim fez-me lembrar as produções portuguesas. 9/10