Ele foi por muitos considerado a escolha principal para James Bond, até ter recusado o papel que veio a pertencer ao seguro Daniel Craig. No entanto Clive Owen manteve-se tudo menos afastado dos serviços secretos, embora num estilo diferente do que esperado quando se está ao serviço de sua majestade.
DuplicityCom o título português
Dupla Sedução, o filme de
Tony Gilroy (Michael Clayton) levou muitos tugas ao cinema precisamente pelos seus actores principais (Owen divide o ecrã com
Julia Roberts). No entanto a sua narrativa mais complexa deixou muita gente confusa; Gilroy é um excelente argumentista mas enquanto a trilogia
Bourne se encontrava dentro dos padrões standard de um blockbuster americano,
Michael Clayton e
Duplicity jogam com saltos na acção, flashbacks e diálogos construtivos que muitas vezes escapam ao espectador mais distraído. Mas
Duplicity é um filme diferente que vale a pena ver em cinema, que tem talvez o único problema de ser um pouco longo na sua duração.
Clive Owen é um ex-agente do Mi6, que se junta a uma
Julia Roberts ex-agente da CIA para darem o golpe do baú a duas grandes empresas rivais, uma delas prestes a lançar um produto que revolucionará a industria. Um thriller diferente, baseado numa história de amor original, recheada de bons momentos de humor e a escrita inteligente de um dos melhores argumentistas do momento.
The InternationalRealizado pelo aclamado
Tom Tykwer, que levou ao ecrã
O Perfume, uma das mais complexas obras de literatura,
The International - A Organização é igualmente um thriller diferente, e embora se encontre no mesmo pé de
Duplicity, a sua complexidade narrativa não atinge o auge de Gilroy. Desta vez Owen partilha o ecrã com
Naomi Watts, como dois profissionais que lutam para trazer à superfície as negociações feitas por baixo da mesa entre um dos maiores bancos mundiais e as suas ligações às mais importantes entidades e instituições em todo o mundo, que promovem entre golpes de estado a venda de armas.
Também com uma duração um pouco excessiva,
The International presenteia o espectador com uma das melhores cenas de acção dos últimos tempos, para além de viajar por vários países. a sua mensagem é mais política e contemporânea, mas não deixa de ser apenas mais uma chamada de atenção do que uma reflexão profunda. O final chega a ser um pouco anti-climático.